Dr. Venâncio falando sobre o Egito nos tempos de José.
José era filho do patriarca Jacó com a sua esposa
preferida (Raquel, a irmã caçula de Léia, filha de Labão). Era o 11º filho
varão de Jacó, e tinha um irmão caçula chamado Benjamim. José foi o primeiro
filho de Raquel com Jacó (Gênesis 35.24). Quando ele nasceu, Raquel, por ser
estéril, exclamou: “Deus tirou meu vitupério!”. E deu-lhe o nome de José
dizendo: “Deus me acrescenta outro filho!”. Isso queria dizer que tal filho
somava-se com Dã e Naftali, que eram filhos de sua serva Bila com Jacó, pois
Raquel dera ao marido a sua serva para fins procriativos. Assim sendo, Raquel
considerava os dois filhos de Bila com Jacó como sendo seus também (Gênesis
3.8-24).
José era o filho mais amado por Jacó. E essa
preferência do pai por José causava ciúmes nos outros irmãos, com exceção de
Benjamim e da irmã Diná. José tinha ao todo 11 irmãos e uma irmã (Diná), pois
Jacó tinha 12 filhos e uma filha, a saber: Rubem, Simeão, Levi, Judá, Zebulom,
Issacar, Dã, Gade, Aser, Naftalí, José, Benjamim e Diná. Os nomes das esposas
de Jacó eram: Léia, Raquel, Bila e Zilpa. Os filhos de Léia foram: Rúbem,
Simeão, Levi, Judá, Issacar, Zebulom e Diná (filha). Os filhos de Bila foram Dã
e Naftali. Os filhos de Raquel foram José e Benjamim. Os filhos de Zilpa foram:
Gade e Aser.
Toda a história de José e de seus irmãos encontra-se
nos textos de Gênesis 37.1-50.26, no Velho Testamento. Aos 17 anos de idade,
José pastoreava ovelhas juntamente com os seus irmãos. Embora empenhado nisso,
ele não participou de uma transgressão praticada pelos seus irmãos, mas trouxe
um relato sobre o fato a seu pai Jacó (Gênesis 37.2). Outra coisa que José
fazia e que muito desagradava aos irmãos era contar os seus sonhos, em que ele
sempre aparecia sendo adorado pelo seu pai e pelos seus irmãos. Com isso, seus
irmãos planejaram livrar-se dele.
Em certa ocasião Jacó pediu que José localizasse seus
irmãos que estavam no campo, pastoreando os rebanhos, e viesse informá-lo de
como estava indo o trabalho. José obedeceu e localizou os irmãos. Estes quando
o viram, tramaram jogá-lo numa cisterna, tendo Rúbem tentado evitar a trama
assassina, mas foi vencido pela maioria dos votos dos irmãos. E assim, José foi
feito prisioneiro e jogado numa cisterna vazia, apesar dos seus gritos por
socorro. Não demorou muito e passou pelo local uma caravana de mercadores
ismaelitas. Então, os irmãos de José
resolveram vendê-lo como escravo para os mercadores, o que foi feito. Ao final,
José foi levado para o Egito como escravo, e vendido pelos mercadores para
Potifar, o Capitão da Guarda do Egito.
Com o passar do tempo, José demonstrou ser um homem de
extrema confiança, a ponto de Potifar deixá-lo como mordomo, responsável por
todos os seus bens e propriedades. Como se não bastasse, a mulher de Potifar,
de nome Ísis, apaixonou-se por José, e queria “deitar-se” com ele. Mas José não
aceitou, e quando ela tentou agarrá-lo, ele fugiu, tendo ela conseguido rasgar
suas vestes. Para vingar-se de José e ocultar o seu ato traiçoeiro para com o
marido, Ísis contou para o esposo que José tentara estuprá-la, no que ele
aparentemente acreditou, apesar de já saber que Isis, na verdade, não passava
de uma prostituta social muito bem casada. O nome Ísis, na língua egípcia,
significa “o sorriso das fontes!”.
Com isso, José foi lançado na prisão, onde passou 13
anos. Mesmo na prisão, José conseguiu conquistar a confiança do chefe dos
carcereiros, e este passou a encarregar José da administração do presídio.
Certa noite, dois nobres que tinham trabalhado na corte do faraó e estavam
presos juntamente com José, tiveram sonhos, e pediram para José interpretá-los.
José então informou que um deles seria anistiado pelo faraó, e retornaria ao o
seu cargo de mordomo-mor do palácio. E o outro, que era o padeiro-mor do faraó,
seria decapitado. E assim aconteceu.
Tempos depois, o faraó teve um sonho duplicado. Na
primeira parte do sonho, sete espigas de milho cresciam grandiosamente, e eram
destruídas por sete espigas de milho mirradas. Na segunda parte, sete vacas
gordas eram devoradas por sete vacas magras. Ninguém no reino do Egito
conseguia interpretar o sonho de faraó. No entanto, o mordomo-mor anistiado
falou para o rei sobre José. O faraó mandou buscá-lo no cárcere, para
interpretar o seu sonho duplo, e José orou a Deus, que lhe deu a revelação de
imediato. José informou que as duas
partes do sonho equivaliam à mesma coisa: no Egito haveria sete anos de grande
fartura. Após esses sete anos de abundância, virim sete anos de seca e
desolação. Então, o faraó o nomeou governador-geral do Egito para que ele preparasse
aquela nação a fim de superar os sete anos de fome que viria pela frente. E deu-lhe
o nome de Zafenate-Panéia. Posteriormente, José trouxe seu pai, seus irmãos e
toda a nação de Israel para habitar com ele no Egito, onde havia fartura de
gêneros alimentícios e de muitas outras riquezas. Com isso, os israelitas
ficaram no Egito por 430 anos, até que Moisés foi convocado por Deus para
retirá-los de lá. Mas isso já faz parte de outra história. E, do Livro de
Êxodo.
Dr. Venâncio
Josiel dos Santos - Presidente da AELA/MS
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