sábado, 24 de setembro de 2011

José, o administrador de alimentos


Dr. Venâncio falando sobre o Egito nos tempos de José.


José era filho do patriarca Jacó com a sua esposa preferida (Raquel, a irmã caçula de Léia, filha de Labão). Era o 11º filho varão de Jacó, e tinha um irmão caçula chamado Benjamim. José foi o primeiro filho de Raquel com Jacó (Gênesis 35.24). Quando ele nasceu, Raquel, por ser estéril, exclamou: “Deus tirou meu vitupério!”. E deu-lhe o nome de José dizendo: “Deus me acrescenta outro filho!”. Isso queria dizer que tal filho somava-se com Dã e Naftali, que eram filhos de sua serva Bila com Jacó, pois Raquel dera ao marido a sua serva para fins procriativos. Assim sendo, Raquel considerava os dois filhos de Bila com Jacó como sendo seus também (Gênesis 3.8-24).
José era o filho mais amado por Jacó. E essa preferência do pai por José causava ciúmes nos outros irmãos, com exceção de Benjamim e da irmã Diná. José tinha ao todo 11 irmãos e uma irmã (Diná), pois Jacó tinha 12 filhos e uma filha, a saber: Rubem, Simeão, Levi, Judá, Zebulom, Issacar, Dã, Gade, Aser, Naftalí, José, Benjamim e Diná. Os nomes das esposas de Jacó eram: Léia, Raquel, Bila e Zilpa. Os filhos de Léia foram: Rúbem, Simeão, Levi, Judá, Issacar, Zebulom e Diná (filha). Os filhos de Bila foram Dã e Naftali. Os filhos de Raquel foram José e Benjamim. Os filhos de Zilpa foram: Gade e Aser.
Toda a história de José e de seus irmãos encontra-se nos textos de Gênesis 37.1-50.26, no Velho Testamento. Aos 17 anos de idade, José pastoreava ovelhas juntamente com os seus irmãos. Embora empenhado nisso, ele não participou de uma transgressão praticada pelos seus irmãos, mas trouxe um relato sobre o fato a seu pai Jacó (Gênesis 37.2). Outra coisa que José fazia e que muito desagradava aos irmãos era contar os seus sonhos, em que ele sempre aparecia sendo adorado pelo seu pai e pelos seus irmãos. Com isso, seus irmãos planejaram livrar-se dele.
Em certa ocasião Jacó pediu que José localizasse seus irmãos que estavam no campo, pastoreando os rebanhos, e viesse informá-lo de como estava indo o trabalho. José obedeceu e localizou os irmãos. Estes quando o viram, tramaram jogá-lo numa cisterna, tendo Rúbem tentado evitar a trama assassina, mas foi vencido pela maioria dos votos dos irmãos. E assim, José foi feito prisioneiro e jogado numa cisterna vazia, apesar dos seus gritos por socorro. Não demorou muito e passou pelo local uma caravana de mercadores ismaelitas.  Então, os irmãos de José resolveram vendê-lo como escravo para os mercadores, o que foi feito. Ao final, José foi levado para o Egito como escravo, e vendido pelos mercadores para Potifar, o Capitão da Guarda do Egito.
Com o passar do tempo, José demonstrou ser um homem de extrema confiança, a ponto de Potifar deixá-lo como mordomo, responsável por todos os seus bens e propriedades. Como se não bastasse, a mulher de Potifar, de nome Ísis, apaixonou-se por José, e queria “deitar-se” com ele. Mas José não aceitou, e quando ela tentou agarrá-lo, ele fugiu, tendo ela conseguido rasgar suas vestes. Para vingar-se de José e ocultar o seu ato traiçoeiro para com o marido, Ísis contou para o esposo que José tentara estuprá-la, no que ele aparentemente acreditou, apesar de já saber que Isis, na verdade, não passava de uma prostituta social muito bem casada. O nome Ísis, na língua egípcia, significa “o sorriso das fontes!”.
Com isso, José foi lançado na prisão, onde passou 13 anos. Mesmo na prisão, José conseguiu conquistar a confiança do chefe dos carcereiros, e este passou a encarregar José da administração do presídio. Certa noite, dois nobres que tinham trabalhado na corte do faraó e estavam presos juntamente com José, tiveram sonhos, e pediram para José interpretá-los. José então informou que um deles seria anistiado pelo faraó, e retornaria ao o seu cargo de mordomo-mor do palácio. E o outro, que era o padeiro-mor do faraó, seria decapitado. E assim aconteceu.
Tempos depois, o faraó teve um sonho duplicado. Na primeira parte do sonho, sete espigas de milho cresciam grandiosamente, e eram destruídas por sete espigas de milho mirradas. Na segunda parte, sete vacas gordas eram devoradas por sete vacas magras. Ninguém no reino do Egito conseguia interpretar o sonho de faraó. No entanto, o mordomo-mor anistiado falou para o rei sobre José. O faraó mandou buscá-lo no cárcere, para interpretar o seu sonho duplo, e José orou a Deus, que lhe deu a revelação de imediato.  José informou que as duas partes do sonho equivaliam à mesma coisa: no Egito haveria sete anos de grande fartura. Após esses sete anos de abundância, virim sete anos de seca e desolação. Então, o faraó o nomeou governador-geral do Egito para que ele preparasse aquela nação a fim de superar os sete anos de fome que viria pela frente. E deu-lhe o nome de Zafenate-Panéia. Posteriormente, José trouxe seu pai, seus irmãos e toda a nação de Israel para habitar com ele no Egito, onde havia fartura de gêneros alimentícios e de muitas outras riquezas. Com isso, os israelitas ficaram no Egito por 430 anos, até que Moisés foi convocado por Deus para retirá-los de lá. Mas isso já faz parte de outra história. E, do Livro de Êxodo.

Dr. Venâncio Josiel dos Santos - Presidente da AELA/MS

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